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quinta-feira, 22 de junho de 2023

CATADORES LATINHAS E MENDIGOS.

CATADORES E MENDIGOS.
Por: JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA







ONDE HÁ LIXO, HÁ TAMBÉM CATADORES, CACHORROS E MENDIGOS.

Amigos, devo confessar para vocês, que hoje do nada, me bateu uma inspiração para fazer esta crônica no monento em que eu estava na varanda da minha casa, voltada para o quintal e todo panorama da avenida e os viadutos da "Via Expressa Baia De Todos os Santos" por onde desfilam milhares de veículos e caminhões maus conservados ao extremo transportando de maneira perigosa seus "conteirens" passando por cima de tudo e todos.

Mas essa crônica que escrevo agora, trata-se de cenas do cotidiano, simples, corriqueiro,
trivial, banal, enfim, uma cena que certamente passaria despercebida para a maioria das pessoas que não ligam para nada mesmo. Mas não para alguém com alma de cronista assim como a minha pessoa.
Aconteceu ontem, terça-feira, 7 da manhã, dia em que os funcionários da limpeza pública com seu trabalho laboriosoa no intuito de manter a nossa Salvador e o nosso bairro bem limpinho.
Recolhendo o lixo das ruas.

Pelo muro da varanda durante o escovar dos dentes, debruçado, vi quando um sacizeiro abriu o saco de lixo que alguém recentemente funcionário de uma panificadora havia colocado na caçamba fixa da rua e começou a remexê-lo, como uma criança que busca seu brinquedo preferido em meio a tantos outros, ou quem sabe, feliz que nem pinto no lixo.
Ele estava tão frenético que nem se importava com os transeuntes que passavam por ali. Fiquei observando por muitos minutos, debruçado no muro da varanda.
Confesso que estava um pouco indignado e até torçendo que passasse alguma viatura da prefeitura com seus fiscais para lhe dar uma bronca ou um susto.
Imaginei; É assim que esse e outros agem dentro da cidade tornando-a um verdadeiro inferno. O cidadão coloca seu lixo de maneira devida em local adequado, mas nem o lixo tem paz?
Porque os sacizeiros e mendigos e catadores de latinhas surgem do nada com seus sacos sujos nas costas e maltrapilhos rasgam o saco de lixo, pegam o que querem e deixam lá tudo ciscado e depois largam a “bagunça” para trás. O lixo espalhado.
É saco e papel voando ao sabor do vento, batendo no rosto das pessoas ou nos parabrisas dos automóveis, sacos plásticos rolando voeka calçada.
Que cena chata de um ser humano revirando restos que eu ou você havia colocado para
fora de casa.
É algo que chateia demais.
Afinal, o material que ele encontrou ali deveria estar separado para reciclagem, para transformar em algum dinheiro e consequentemente prosseguir o seu círculo da droga.
Infelizmente eu não consigo encarar com naturalidade uma pessoa que não chegou nem aos 40 anos cheia de vida e sem pespectiva de vida revirando sacos e mais sacos de lixo, mesmo que seja a procura de material para reciclar.

Seres humanos nunca deveriam precisar fazer isso.

O vício em crack fez essas pessoas migrarem para as ruas e agirem assim como catadores de lixo.
O que eu quero dizer que diante a atual problemática de tragédias ocasionadas por excesso de lixo jogado nas ruas transformando-as em paraísos de mendigos, cachorros e sacizeiros, faz-se relevante abordar as consequências também do acúmulo de lixo numa cidade e os prejuízos derivados desse acúmulo à população. O problema se origina na ação do homem de irresponsabilidade para com seu próprio lixo, ou seja, do péssimo hábito de jogar seu lixo no chão.
A primeira consequência aqui suscitada é bastante visível aos olhos de todos, não sendo necessário, para percepção, qualquer estudo mais aprofundado. Trata-se da poluição física de extensas áreas da cidade que são destinadas ao proposital acúmulo de lixo, são os denominados lixões, onde todos os dejetos recolhidos são lá depositados sem qualquer tratamento ou cuidados que previnam a ocorrência dos efeitos gerados pelo amontoamento de entulho, e não se deve misturar entulho com lixo.

Quem tiver seus destroços de casa que, banque a despesa com algum caçambeiro para fazer o descarte de seus monturos. Isso não é responsabilidade da Prefeitura não mesmo.

E também é bom lembrar que O lixo exposto ao ar atrai inúmeros animais, pequenos ou grandes. Os primeiros a aparecer são as bactérias e os fungos, fazendo seu fantástico papel na natureza. O cheiro da decomposição se alastra com o vento e atrai outros organismos, como baratas, ratos, insetos e urubus que, além de se nutrirem a partir da matéria orgânica presente no lixo, proliferam-se, pois o local também lhes oferece abrigo.
E então meus amigos, diante dos diversos problemas supramencionados, associados a diversos outros que não foram abordados, percebe-se claramente, que a prefeitura crie urgentemente regras de fiscalização ou mantenha a sua equipe de fiscais da limpeza urbana afim de coibir mais a farra do lixo por parte de sacizeiros, cachorros e mendigos.
E punição no bolso para quem anda jogando entulho no meio da rua de maneira desorganizada.

Em fim, viva Salvador a terrinha do pode tudo e não dá nada !

JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA

jjsound45@gmail.com


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