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sexta-feira, 23 de junho de 2023

A MORTE LENTA DA RUA SALDANHA DA GAMA (PRAÇA DA SÉ - PELOURINHO)

 
                   A MORTE LENTA DO CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR

                   Por JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA




Nos últimos anos, muitos relevantes centros de varejo encerraram suas atividades no centro histórico de Salvador, principalmente a rua Saldanha da Gama onde se concentram lojas de materiais eletrônicos, que poderia ser um fato triste e isolado ou até mesmo uma decisão empresarial, é na realidade, reflexo de uma crise e maus tratos dos poderes públicos que provocou o fechamento de mais de 180 estabelecimentos naquela região comercial desde o início dos anos 2000 através do governo da catástrofe do Pt.
Depois em junho de 2014, surgiu a Estação Obrigatória Acesso Norte, retirando dezenas de linhas de onibus da Barroquinha proxima ao Centro Histórico, tiranizando mais ainda a vida pessoas que lotavam a Baixa dos Sapateiros e Ladeira do Pelourinho, Rua Saldanha da Gama e comerciantes, e reduziu drásticamente o movimento no mais importante ponto turístico e comercial da capital baiana.
Li uma pesquisa realizada recentemente pela Acopelô (Associação dos Comerciantes do Pelourinho) mostra que o centro histórico de Salvador, tombado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como patrimônio cultural da humanidade, deixou de ser um espaço interessante.
Vejam bem, bastou se tombar para "tombar".
Mas meus amigos, a coisa esta séria, porque enquanto não houver uma integração entre todos os poderes (União, Estado e prefeitura), e o povo não cobrar deles através de faixas cartazes e muito barulho, nada vai prosperar aqui em qualquer parte de Salvador.
Nós é quem garantimos seus salários que não são nada pequenos. Temos de agir rápido porque a querida Barroquinha e Centro Histórico de Salvador não pode ficar refém ainda da prostituição, das pessoas com dependência química, dos catadores de produtos recicláveis, chatos vendedores de fitas, pintadores de marcas tribais e da miséria absoluta.
Não adianta uma Barroquinha bonita e requalificada sem clientes com estabelecimentos fechando antes das 18 horas por medo da marginalidade como me disse um amigo que trabalha nas Casas Bahia ali mesmo, ou um pelourinho charmoso, mas sem segurança, ou pseuda segurança. 

Só de fachada por causa do fluxo de turistas e nativos.

Eles os policiais,  deveriam dar uns rolês pelos becos, guetos e porões onde os ratos daquela região desparecem num passe de mágica após praticarem seus delitos.

o Shopping Baixa Dos Sapateiros já morreu à muito tempo por causa dessas péssimas gestões governamentais sucessivas do Pt. Não sei como isso vai terminar porque agora tem mais uma gestão petista na Bahia.
Sem um comércio atraente e o retorno das linhas de ônibus retiradas pela Prefeitura e Governo do Estado sem consultar a população, e com tantos problemas sociais, muitos turistas e nativos relutam em visitar o centro histórico.

Eu mesmo não vou nem que me paguem. Deus me livre assistir qualquer evento por ali.
Só vou ali de passagem, assim mesmo quando eu preciso subir para comprar materiais de eletrônica na Rua Saldanha da Gama ou outros.


Abandono total, a Rua Saldanha da Gama em estado de penúria, com uma obra chata inacabada, operários cozinhando o galo, no faz de conta que estão trabalhando, fazendo um barulho insuportável com uma máquina chamada sapo que alinhar os parelelepípedos, pensei que meus ouvidos iriam estourar.


 

Perguntei ao gerente da loja que eu estava comprando materiais, à quanto tempo aquela obra estava se arrastando.

Ele me revelou que já faziam 58 dias, mas a previsão era para 28 dias.

Os caras ficam sentados na calçada batendo papo, e não tem ninguém para fiscaliza-los.

 Estou muito decepcionado com o centro histórico de Salvador.  Muita sujeira, casarões em ruínas escorados com vigas de ferro, casas comerciais fechadas a exemplo de "Barros e Cia" balanças Filizola, a loja de um amigo Chico a Cinescol e outras. Todas elas fechadas com tapumes de bloco e cimento, de quebra tem ambulantes chatos que dão a impressão que vão atacar os turistas a qualquer momento.

Eu flagrei esses lances na sexta-feira 16 de Junho de 2023 agora, uma semana antes do São João, praticamente agora, recente.

Eu ia até entrar no Bradesco na esquina da Ladeira da Praça já para descer, desisti. Sei lá que onda poderia vir pra cima de mim !

 É lamentável que um lugar que carrega grande parte da história do Brasil seja tão carente de serviços básicos e essenciais, como a coleta de lixo e segurança. casas famosas fechando, uma pena.

Alguns turistas que criticam o centro histórico têm toda razão.
Além da ausência de segurança constante como na Barra para os visitantes, e a sujeira em suas ruas e Ladeiras Centenárias, o Centro Histórico de Salvador também convive com outro problema: a falta de manutenção de muitos casarões. Dos 111 imóveis tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e condenados pela Defesa Civil, 24 estão localizados no local. Na última terça-feira, o Ministério da Integração Nacional me parece que  liberou uma verba de R$ 6 milhões para a execução de obras emergenciais em 50 casarões. “Vamos atacar inicialmente os imóveis mais problemáticos”, disse o superintendente regional do Iphan, Carlos Amorim.

Mas, tudo não passou de um momento de euforia. vamos esperar sentados.

Tou muito triste com a Praça da Sé e adjacências.

Ali, tem muitas ótimas lembranças dos pontos de ônibus, tempos em que trabalhava na Philips no Comércio, subia o Plano Inclinado e ia para a fila do ônibus de  Macaúbas ou Lanat.

Bons tempos. E tem muito papagaio de porta de bar que ousa ultrajar a memória do Senador ACM, cujo o mesmo foi Governador da Bahia por duas vezes, e aquela área andava limpa e bem cuidada.

Hoje, só lembranças !!!

JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA

jjsound45@gmail.com






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